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COLETÂNEA DE PREFÁCIOS DOS LIVROS DA NOVA REVELAÇÃO, COM O INTUITO DE ESCLARECER O QUE SIGNIFICA E REPRESENTA A OBRA.

 

NATUREZA E SIGNIFICADO DAS REVELAÇÕES

 

Num sentido intrínseco, podemos denominar uma Revelação de Deus para suas criaturas, como notificação pessoal para a instituição de uma nova ordem de vida, correspondente a um certo progresso alcançado.

É uma comunicação divina para o mundo, que tem por objetivo sua salvação! Assim foi desde Adam, até nossos dias. Numa seqüência impressionante, o desvelo de Deus se insurge contra a obra negativa de seu inimigo que infesta o mundo, a fim de não deixar Seus filhos sem instrução e sem meta espiritual!

Neste sentido, pois não podemos falar numa primeira, segunda ou terceira Revelação que, historicamente, não pôde ser mantida. Além disto, foram elas todas o prenúncio de um grande julgamento. A Revelação dada a Adam, não obedecida, foi, no entanto, sancionada com a perda do Paraíso.

Surgem depois as seguintes dadas aos patriarcas, onde Deus lhes dita Sua Vontade, respeitando-lhes, porém o livre arbítrio até Noé, o qual recebeu para os descendentes de Cain também uma grande Revelação. Esta foi preciso sancionar com o Dilúvio, porque as criaturas não queriam se submeter às sábias Leis dadas por Deus.

Ao tempo de Abraham, veio outra, ratificada com a destruição de Sodoma e Gomorra; o Mar Morto ainda hoje é o seu testemunho.

A que foi dada ao velho Jacob teve sanção para os filhos de sua raça, com a escravatura no Egito. Mais e mais as criaturas se rebelaram contra o leve jugo de Deus, a ponto de ser preciso submetê-las a uma lei severa com imediata sanção.

Sob o gládio da Justiça, foi assim dada a Moysés uma grande Revelação, mais severa para o Egito, que para os próprios israelitas! Data daí a queda deste país e de sua opulência.

Quando as hostes israelitas foram levadas por Josué a abandonar o deserto, outra Revelação foi dada por Deus ---  e a cidade de Jericó desapareceu de sobre a terra!

Assim também foi ao tempo de Samuel, Elias e também ao dos quatro grandes profetas, isto é, seguidas sempre por grandes julgamentos! Pergunta-se: mas por que essas tremendas sanções?

Vejamos um indivíduo bem instalado na vida, com fartos recursos que fundamentam sua alma em convicções próprias, que o livram de qualquer dependência: aceitaria ele uma Nova Revelação não sancionada, enquanto que as leis terrenas nunca deixam de ser rigorosamente executadas?

É de se perguntar se a máxima Revelação dada ao mundo foi aceita pelos judeus! Eles a repeliram --- e a conseqüência foi a destruição completa de Jerusalém, o que os dispensou pelo mundo inteiro. Resistiram, como há dois mil anos, contra o que poderíamos chamar de ingerência de Deus nas coisas deste mundo, do qual o homem se diz senhor derramado, e isto até em honra e glória deste Mesmo Deus, cujas leis de Amor repeliram!

Extinta a fé quase totalmente, reinantes o horror e a devastação nas almas que não  sabem mais em que e em quem acreditar, esboça-se já no horizonte o maior dos cataclismos; este, consumado, fará com que uma alma caminhe oito dias até encontrar outra semelhante!

Prevendo isto, o Pai, na Sua grande Misericórdia, com muita antecedência deu, com a Nova Revelação que ora publicamos, o Seu Evangelho Desvendado, compreensível à nossa razão. Vemos, pois, que não colide com alguma crença ou seita existentes, mas que, ao contrário, trará a Luz para todos.

 “Para o puro tudo se torna puro, e feliz aquele que ler esta Obra sem se aborrecer!” Amém!

 

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Em todas as épocas houve criaturas puras e devotas, que ouviam a voz do Espírito Divino em seus corações.

Todos nós conhecemos as diversas passagens do Velho Testamento, quando o profeta fala: “E a palavra do Senhor veio a mim!”

Seria admissível que esta união íntima entre Deus e o homem, como nos foi relatada por Moysés, Samuel, Isaías e outros profetas e iluminados, não mais fosse possível em nossa época?  Não é Deus, o Senhor, desde os primórdios, o Mesmo?  E as criaturas de hoje não são elas da mesma índole como de antanho? --- Seria inteiramente ilógico admitir quee Deus falasse apenas para Moysés e os profetas, jamais a outros filhos Seus, e que a Bíblia encerrasse todas as revelações de maneira definitiva. Somente os crentes na letra poderiam ter tal compreensão!

Sabemos também, através de fontes autênticas, que a voz interna, sendo o meio para a revelação divina, já iluminava, antes de Moysés, os “Filhos do Alto”, --- como, por exemplo, Henoch --- alegrando também aqueles que a procuravam saudosamente, depois dos apóstolos. Qual traço luminoso, projeta-se o conhecimento da voz pela História dos séculos cristãos. O significado da revelação interna para o homem, bem o conheciam e apontavam Santo. Agostinho e São Jerônimo, como também os místicos da Idade Média: Bernardo de Clairvaux, Tauler, Suso e Thomás de Kempen. Além desses, muitos outros santos da Igreja Católica, Jacob Bohme e, mais tarde, o visionário nórdico Emanuel Swedenborg, receberam revelações pela voz interna.

Pelo próprio Senhor, Jesus, o “Verbo Vivo de Deus” foi prometido: “Aquele que cumprir Meus Mandamentos (da humildade e do amor) é que Me ama. E aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele”(João 14,21). --- E mais adiante: “O Espirito Santo que Meu Pai enviará em Meu Nome, ensinar-vos-á todas as coisas e fará lembrar de tudo quanto vos foi dito”. (João 14,26)

 

 

NOVA REVELAÇÃO PARA A ÉPOCA ATUAL

 

Este fluxo espiritual da palavra interna, todavia, não pôde impedir que a grande Dádiva de Luz enviada pelo Pai, em Jesus, aos homens, fosse obscurecida no decorrer dos séculos, pelo amor-próprio da Humanidade, sendo, pouco a pouco, quase que exterminada.

Como os homens, na maioria, não se deixaram guiar pelo Espírito de Deus, preferindo seguir suas tendências egoísticas e voluntariosas, as sombras de uma noite espiritual se manifestavam mais e mais, tanto que a queda completa da fé e do amor a Deus (não obstante a Bíblia e a Igreja) exigia uma nova grande revelação da Vontade Divina para a nossa época.

  Prevendo a evolução desastrosa do mundo, em conseqüência das guerras passadas, o Pai da Luz transmitiu esta grande Nova Revelação no decorrer do último século, a diversos povos da terra, anunciando, através de profetas e outros iluminados, a Velha e Verdadeira Doutrina de Jesus Christo, ou seja, a Religião do Amor.

A revelação mais imponente foi transmitida no idioma alemão, durante os anos de 1840 a 1864, a um homem simples e de alma pura, chamado Jacob Lorber, que, pela voz interna do espírito, recebeu comunicações incalculavelmente profundas sobre a Divindade, a Criação o plano de salvação e o Caminho para Vida Eterna.

 

Obs.: Muitas das dúvidas mais corriqueiras aos leitores iniciantes podem encontrar respostas no livreto “Diálogos Divinos”, disponível para “download”.


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